Viver em um espaço nada físico, limitado, quadrado.
Espaço que nao te pertence. Sem dimensoes.
A lingua é espaço. E se pode viver em espaços, mas nem sempre existir.
(Bonita sutileza que repousa em abismos. Viver e existir...)
Pode-se viver na lingua, sentir-e envolvido por ela. Sim.
E nela correm, como carros velozes, sem freio, todas as ideias perdidas,
todas as curvas e avenidas. Todas as rotas.
Rotas de vinho rascante, seco. Pura sinestesia.
E se nela te faltam palavras. Se nela nada repousa, é preciso viver um pouco mais.
E quando nao há mais palavras para dizer,
quando desenhas circulos em volta de tuas ideias.
Quando as palavras existem, mas nao as alcanças. Elas pairam no ar sorrindo de ti.
E entao nascem borboletas.
Borboletassaopalavrasquenaoforamditas.
Borboletas sao palavras que nao foram ditas.
sábado, 11 de setembro de 2010
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