domingo, 1 de maio de 2011

a vista da poltrona

era como se tudo tivesse deixado de ser o que era
para se tornar caminho dos ventos
como se todas aquelas coisas tivessem abdicado da vida sem vida

o vento percorrendo a sala
sacudindo as paredes, fluido inquieto
num cemiterio de coisas mortas ha muito tempo
as coisas talvez tivessem decidido em assembleia
morrer mais um pouco
como se morrer fosse retroceder em reverencias infinitas ao vento

e entao nem sei mais...
talvez as coisas estejam morrendo mesmo
e tambem talvez nao se tenha mais nada a dizer sobre isso

2 comentários:

  1. isso fica mais lindo de se ler ouvindo isso
    http://www.youtube.com/watch?v=T6e5FgysXeI&feature=fvwrel
    =)
    lindo como sempre,
    um beijo

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  2. Fluir ao vento é entregar-se ao abismo da vida.
    Vc conseguiu fazer isso ao correr entre o amarelo das flores ....
    Lindo como sua essência,
    Muitos bjssssssss

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