Assim como se a melancolia fosse líquida
E escapasse sutil e discreta pelos poros da pele
e então envolvesse o corpo num suor voluntário
Ele era assim envolto na própria melancolia do ser
Como se ela fosse sua parte mais crua e eterna
E como se nada mais restasse além dela
depois de um sopro de vida
Ele era assim melancólico.
A cabeça acariciava o ombro num gesto redondo e dengoso. Triste.
Chorava mágoas inventadas
Sem dúvida era desses que os dias se passam
mais dentro que fora.
Quando caminhou na minha direção
a melancolia escorria pelas pernas e braços
Talvez tudo fosse intenso demais dentro dele
e ele mesmo não suportasse.
E tão humano ele era.
Ainda que de um certo ângulo
pudesse ver algo assim. Uma espécie de monstro.
É que as vezes o corpo não lhe cabe.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
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