Parece não ver.
E certas vezes parece até não sentir.
Branca.
Poucas vezes a vi com uma sede corrosiva.
Sua fome parece surgir na cabeça,
Talvez ela pense em comida mais do que deveria.
Se alimenta para calar fomes mudas.
Calar fomes mudas.
Parece sobreviver. Sempre.
Mesmo em tardes amenas,
Na doçura do momento.
Nada de desfrutar. Sobreviver.
Ainda que levemente alegre.
Dessas alegrias bobas, festivas.
Ela vive na periferia.
Vive na periferia de si mesma
Equilibrando-se na própria escassez.
Parece não salivar.
Parece não crer em nada.
Da última vez que foi vista
Vagava silenciosamente
...dentro de si mesma.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário